O governo da Sri Lanka aprovou no dia 11 de janeiro de 2018 uma nova lei que permite que as mulheres do país possam beber bebidas alcoólicas. No dia 10 de janeiro, o governo local já havia derrubado a lei criada em 1955 que proibia a venda e o consumo de bebida alcoólica pelo público feminino do país.
A divulgação da notícia ocorreu por meio do site ColomboPage, que informou que o Ministério de Finanças do país insular asiático passou a permitir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas as mulheres. Além da permissão para a comercialização e o consumo da bebida às mulheres, o governo local também passou a permitir que mulheres possam trabalhar em estabelecimentos que vendam esse tipo de bebida, algo que não era permitido com a lei antiga.
Em resposta a essa aprovação, o governo do Sri Lanka informou que a lei de 1955 era antiga o bastante para ser considerada discriminatória pela visão moderna da sociedade. Ou seja, a lei que foi feita há 63 anos tinha um ponto de vista machista que na época não era observado como discriminatório pela sociedade.
A nova lei que permite o consumo de bebidas alcoólicas pelas mulheres do país foi instituída como uma emenda no Regulamento de Impostos do país, que é o documento oficial sobre a legislação do Sri Lanka.
Anteriormente ao veto da lei de 1955, o país já havia alterado a lei em 1979, passando a permitir que as mulheres consumissem bebidas alcoólicas ou trabalhassem em estabelecimentos que vendem esse tipo de bebida através de uma autorização oficial cedida pelo próprio governo do país.
A resposta ao veto da lei discriminatória ocorreu instantaneamente nas redes sociais, onde as mulheres do Sri Lanka manifestaram com gratidão a conquista de gênero. Contudo, alguns cidadãos do país ainda criticaram o veto e viram a nova lei como um certo ceticismo machista, julgando que essa abordagem do país contribuiria para que o alcoolismo fosse empregado as mulheres.
Embora as leis sejam criadas e aprovadas pelo governo do país, a cultura do Sri Lanka sempre foi algo fundamental para que as mulheres não consumissem álcool no país, e a principal parte desta cultura que impede as mulheres de beberem bebidas alcoólicas está nas questões religiosas.