Com base em evidências científicas um grupo de pesquisadores conseguiu concluir que a Via Láctea teria “engolido” uma outra galáxia com proporções inferiores às suas. Estima-se que esta possuísse um quarto da massa presente na primeira. O acontecimento, de acordo com os cientistas, teria ocorrido há aproximadamente 10 bilhões de anos. O impacto gerado pelo fenômeno, conforme revelou uma recente pesquisa sobre o tema, além de intenso, gerou consequências por muito tempo depois.
Durante muito tempo notícias científicas levaram a se acreditar que a Via Láctea era composta por apenas dois tipos de estrelas, que eram separados em grupos distintos. O modo como essas formações estelares teriam se formado, no entanto, ainda permanecia envolto em dúvidas para os cientistas. O que se sabia era que algum tipo de fusão galática teria ocorrido neste espaço, mas ainda não era possível se esclarecer com precisão a natureza de sua formação.
Esse cenário começou a se modificar para a comunidade científica. O estudo que jogou luz sobre a questão teve como apoio uma equipe de pesquisadores em atuação no IAC (Instituto de Astrofísica de Canárias). Um equipamento exerceu grande destaque em relação à descoberta. Trata-se do Gaia, um telescópio que possibilitou a visualização com grande precisão de diversos conjuntos de estrelas contidos na Via Láctea. As principais características que puderam ser coletadas referem-se às dimensões desses corpos celestes, bem como o brilho e a distância relacionada a diversos pontos de referência.
Uma das observações possibilitadas por meio do Gaia chamou bastante a atenção do grupo de cientistas. Com o equipamento os pesquisadores conseguiram constatar a presença de duas formações estelares diferentes. Em uma delas havia predomínio da emissão de luz vermelha e no outro o que se via em maior abundância era um tipo de luz azul. A explicação dos pesquisadores para a existência desses grupos de estrela está no fato do primeiro grupo ser mais rica em metais, se comparado com o segundo.
Mais do que conhecer a composição de dois grupos estelares, a cientista Carme Gallart ressaltou que se tornou possível a percepção sobre a fusão de determinadas galáxias. Segundo ela, é fato que algumas delas se fundiram bem antes das demais, o que dá indícios de que a própria Via Láctea teria surgido a partir da ocorrência de um fenômeno caótico.
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