Um total de 6.531 km² podem ser derrubados na Amazônia em 2025 se as áreas sob maior risco de desmatamento no bioma “não forem protegidas com urgência”, alertou o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) no último dia 16 de dezembro. A previsão é da plataforma de inteligência artificial PrevisIA, da entidade.
O número previsto para 2025, se confirmado, será quase 4% maior que o registrado em 2024, quando 6.288 km² foram desmatados na Amazônia.
“A estimativa da ferramenta segue o chamado ‘calendário do desmatamento’, que vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte, assim como os dados oficiais do governo federal”, explicou o Imazon.
Ou seja, 6.531 km² estão sob ameaça de devastação entre agosto de 2024 e julho de 2025. Sendo que, desse total, 2.269 km² (35%) estão sob risco muito alto, alto ou moderado — “essas seriam as áreas prioritárias para as ações de prevenção”, frisou o Instituto. Já os outros 4.262 km² (65%) encontram-se sob risco baixo ou muito baixo de desmatamento, pontuou a entidade.
“Se atuarmos para proteger as áreas indicadas pela PrevisIA sob risco muito alto, alto ou moderado de desmatamento, poderemos reduzir ainda mais a derrubada da Amazônia em 2025 e avançar em direção à meta de desmatamento zero em 2030”, acentuou o pesquisador do Imazon e coordenador da PrevisIA, Carlos Souza Jr. Essa é uma “ação essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil e mitigar os efeitos das mudanças climáticas que já estão nos afetando seriamente, como as cheias no Rio Grande do Sul e as secas na Amazônia”, enfatizou ele. “Precisamos usar essa tecnologia a favor da floresta”, evidenciou Carlos.
Outros dados e notícias a respeito do desmatamento no maior bioma brasileiro constam na reportagem completa publicada no portal do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.