O Peru perdeu cerca de 48% de sua área de geleiras em menos de 40 anos, informou o portal do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas) no final de fevereiro, dia 29. De acordo com os dados reportados pela entidade, foram perdidos um total de 94,8 mil hectares da superfície das geleiras entre 1985 e 2022.
“Essa redução das geleiras afeta principalmente o fornecimento de recursos hídricos nas comunidades dos altos Andes”, alertou o diretor do Instituto del Bien Común — organização que lidera o MapBiomas Peru — Renzo Piana.
As notícias do mapeamento do MapBiomas Peru a respeito das mudanças no uso da terra nas últimas quatro décadas também são de que houve perda de cerca de 4,1 milhões de hectares de vegetação natural (4% de sua extensão inicial) — incluindo ecossistemas de florestas, arbustos, pastagens, pastos e manguezais. “Essas mudanças na cobertura natural estão associadas à expansão das atividades humanas, como agricultura, mineração, aquicultura e infraestrutura, que até 2022 aumentaram em 4,2 milhões de hectares”, explicou a publicação do dia 29 de fevereiro.
O MapBiomas Peru ainda constatou que, entre os anos de 1985 e 2022:
- A Amazônia peruana perdeu 2,64 milhões (4%) de hectares de vegetação natural; e
- A floresta seca equatorial, um bioma vital para a população da costa norte do país, perdeu cerca de 5% de sua extensão.
“O monitoramento também alerta para as transformações que estão ocorrendo nas áreas costeiras, apontando para a perda de 617 ha de manguezais entre 1985 e 2022. Além disso, foi detectado um aumento de 5.000 hectares na área dedicada à aquicultura no período analisado”, destacou, ainda, o portal brasileiro do MapBiomas.
Todas essas e demais informações sobre o tema podem ser encontradas na íntegra da publicação feita no dia 29 de fevereiro.