De certo modo o problema foi causado, no que segundo Laerte Codonho diz, por um golpe de seu contador. Rogério Raucci, sócio da RD assessoria contábil, teria mudado o caminho de alguns recursos e, mormente, “isentado” a empresa de pagar impostos importantes.

Ainda assim, após a Esaú Vespúcio ter assumido o crime o processo não acabou aí. Os procuradores não aceitaram bem isso e entenderam de outra forma a acusação. Em maio de 2018 a justiça fez com que houvesse mais cautela no caso do empreendedor, assim sendo, Laerte Codonho teve seus bens confiscados e sigilo fiscal e bancário revelado. Também ficou preso por 8 dias. Mas isso não acabou por aí.

No mês seguinte a empresa pediu uma recuperação judicial, processo que a custou 1 unidade fabril e demissão de 1 mil pessoas.

Com tudo isso acontecendo uma decisão foi tomada pela justiça. Os juízes da 14 e 1 vara federal acabaram por destacar que utilizar o dinheiro de crédito do IPI, no caso de empresas engarrafadoras de bebidas é completamente possível.

Foi assim que uma dívida de aproximadamente 1,7 bilhões se transformou em crédito. Considerando também o período que isso ocorreu a empresa de Laerte Codonho teve problemas em reergue suas estruturas e o abalo foi enorme.

De acordo com o empresário não há dúvida que as suas concorrentes, Ambev e Coca-Cola, tiveram participação nisso, julgando que sua estada no mundo dos negócios comprometia essas empresas.

Laerte Codonho pretende continuar na justiça para conseguir as ações necessárias para sanar seus problemas e demostrar sua inocência.

O ano de 2018 representou bastante mudanças para a empresa Dolly, assim como para o empresário. Após tantos trambiques é importante se reergue, como ele mesmo diz, “te derrubam em 24 horas, mas você demora 24 meses para se estruturar novamente”.

Nos últimos anos de suas operações a empresa tem agregado novos parceiros, de maneira a trazer sócios estrangeiros. A situação em questão é ilustrada, dentre outras parcerias, por sua relação de sociedade com a empresa Agora Inc, que foi desenvolvida nos Estados Unidos. A parceria é representada na proporção de 50% das ações em poder da companhia norte-americana, conforme dados institucionais divulgados.

Para que a empresa brasileira consiga transformar sua situação financeira conforme o que se almeja dentro da cúpula da companhia, fez-se preciso que as ações então em poder da Agora Inc estivessem novamente disponíveis, só que dessa vez ofertadas ao público comprador nacional. A ação necessária para que a Empiricus se torne totalmente nacional, do ponto de vista de suas sociedades, chama-se valuation, consistindo em uma massiva valorização das ações que apresentar para aquisição.

Como modo de alavancar o crescimento de seu público-alvo, convertendo-o em clientela, a Empiricus, desde o ano de 2018, tornou-se sócia da empresa de Alexandre Aoude e Paulo Lemann. A organização a que a companhia editorial se associou é pertencente a outro nicho, de maneira a oferecer soluções de gestão a um variado bloco de empresas. Com base nesse novo entrosamento empresarial, novos leitores optaram por assinar os editoriais contendo assuntos de natureza financeira.

Segundo noticiado através da Exame, a empresa Vitreo agora detém 40 mil usuários em se tratando de todos os serviços que realiza. Esse número foi fruto do que a empresa teria realizado, tão logo a união de esforços com a Empiricus passou a ser uma realidade no mercado. Conforme informado pela revista, a alta na adesão por parte dos clientes pode ser expressa em 10% ano mês.

Além do que a empresa produz há mais de uma década, ou seja, editoriais sobre o meio financeiro, os próximos passos da corporação dão sinais de que haverá uma maior abertura para novos mercados, de acordo com uma veiculação da Exame. Assim sendo, é previsto que parcerias sejam renovadas, bem como poderá ter início uma série de transformações que abrangerão o capital empregado para os negócios da corporação.

As modificações por conta de entrada e saída de companhias associadas não foram as únicas novidades que agitaram o cotidiano da Empiricus. A própria cúpula de administração da empresa sofreu uma dinâmica transformadora em 2019. O ano em questão terminou com um novo CEO, o sócio-fundador Caio Mesquita. Ao passo em que o executivo passou a desenvolver tarefas envolvendo estratégias para a empresa, o mesmo se notou quanto a Felipe Miranda, com as novas incumbências sobre os investimentos da corporação.